O grupo Algora deu um passo determinante na execução da sua estratégia de desenvolvimento e transformação industrial, ao concretizar a anunciada intenção de potenciar o negócio Sal da HyChem através da compra da posição contratual na concessão mineira de sal-gema do Carriço.
Com efeito, na sequência de um despacho do diretor-geral de Energia e Geologia, de dezembro último, que autorizou a transmissão das ações representativas do capital social, foi agora possível à HyChem fechar acordo com a Bondalti Chemicals relativamente à compra da Renoeste – Valorização de Recursos Naturais.
“Esta aquisição reveste-se de enorme importância para o desenvolvimento das nossas operações industriais, na medida em que a mina do Carriço vem acrescentar um elevado potencial ao nosso negócio Sal”, comenta Manuel Gil Antunes, Administrador-Delegado da HyChem.
“Contamos poder retomar este ano, no quadro da candidatura ao P2030 do nosso projeto InovSal, a exploração de sal-gema na mina de Matacães, onde pretendemos instalar uma unidade de cristalização de sal. Ora, quando acrescentarmos, a prazo, a reativação da atividade na Renoeste, ligada à incumbência atribuída pelo Governo à ENSE (através da REN) de criar duas novas cavidades no Carriço, para reserva estratégica de gás natural, obteremos um volume total de produção de sal que posicionará a HyChem como principal fornecedor nacional e relevante à escala ibérica”, afirma Gil Antunes.
“E o país bem precisa desse recurso natural, porquanto, tal como a nossa Empresa, numerosas grandes indústrias têm de importar sal para a sua laboração fabril”, conclui.
Os imóveis e ativos da Renoeste – Valorização de Recursos Naturais repartem-se por quatro freguesias situadas junto à costa oeste do país: Lavos, São Pedro, Carriço e Louriçal.
A principal instalação localiza-se no lugar de Guarda Norte, na freguesia de Carriço, concelho de Pombal, distrito de Leiria, onde se situam a concessão mineira de sal-gema (C-16) e os equipamentos afetos à exploração e à cristalização do sal. Esta concessão abrange uma área de 170 ha, onde a Bondalti perfurou duas cavidades, e compreende seis bacias impermeabilizadas, com cerca de um hectare cada, destinadas à secagem da salmoura por evaporação.
Confrontando com a Renoeste, a REN detém também uma concessão para o armazenamento de gás natural e gases renováveis em cavidades salinas, na qual foram criadas sete cavidades, atualmente utilizadas para armazenamento de gás natural, e que constituem uma parte da reserva estratégica nacional – uma outra parte localiza-se no terminal de Sines e a terceira na Alemanha.
Mais a norte, na freguesia de Lavos, concelho da Figueira da Foz, a Renoeste é proprietária de vários prédios rústicos, junto ao rio Mondego, que ocupam uma área de 60 hectares, e que antes funcionavam como salinas para secagem da salmoura proveniente da unidade do Carriço.
Ao realizar esta operação de compra, o grupo Algora projeta a reativação e uma nova estratégia industrial para a Renoeste, cujos imóveis e ativos abrem oportunidades de negócio tanto na área química como da biotecnologia.